Como naquele dia o Sol brilhava e fazia calor, um lobo dirigiu-se a um ribeiro. Quando se preparava para mergulhar o focinho na água, viu um cordeiro que bebia tranquilamente.
-Vem mesmo a propósito! Pensou o lobo. Vim para beber e encontro também para comer…
E, aclarando a voz, pôs um ar severo e exclamou:
- Eh! Tu aí!
-É comigo que está a falar, senhor? –Respondeu o cordeiro. Que deseja?
- O que é que desejo? Não vês que ao beber me turvas a água?
- Como pode dizer isso? Olhe como bebo com a ponta da língua… Além disso, eu estou mais abaixo e o senhor mais acima!
- Com a tua idade já me queres ensinar para que lado corre a água? Pensas que te escapas como no ano passado, quando andavas a dizer mal da minha família? Tiveste muita sorte por eu nunca te ter encontrado!
- Não sei quem lhe terá contado coisa, mas no ano passado ainda não tinha nascido.
-Pois se não foste tu, foi o teu pai! – Rosnou o lobo, saltando em cima do pobre inocente.
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