- Não entres! Não entres!-avisou a chama de uma vela enfiada no gargalo da garrafa , sobre a mesa da casa, à borboleta nocturna, que queria atravessar o vidro da janela, atraída pela luz.
- Era bom que eu pudesse!...-respondeu-lhe de fora a borboleta. -Estou farta de bater com a cabeça não sei onde.
- Isso em que tu bates é o vidro –disse a chama a crepitar – e embora transparente, só a luz do Sol e a minha o atravessam com facilidade .Mas um dos vidros da janela está partido, e por aí entra quem quer.
- Qual deles é?-perguntou a borboleta ansiosa.
- Não te digo!Se entrares em casa , começas às voltas e reviravoltas em meu redor. E, no momento em que as tuas asas de cetim me tocarem ficam logo queimadas e nunca mais podes voar. E é uma pena!...
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